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Empresa Júnior Mackenzie Consultoria

Como sabemos, o surto de casos da COVID-19 prejudicou diversas áreas da sociedade e, sendo considerada uma pandemia, provocou milhares de mortes. Neste cenário, o isolamento social foi apresentado como uma alternativa para diminuir o percentual de contágio e controlar o avanço da doença.

A economia brasileira foi uma das áreas afetadas pela quarentena. De acordo com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia (IBGE), a pandemia provocou o fechamento de 522 mil empresas no país na primeira quinzena de junho de 2020, sendo que foram 258,5 mil (49,5%) no setor de serviços, 192 mil (36,7%) de comércio, 38,4 mil (7,4%) de construção e 33,7 mil (6,4%) de indústria. O impacto negativo foi de 70% nas empresas em funcionamento.

O cenário também não é bom para quem pretende abrir um empreendimento físico. Com a desaceleração econômica, houve uma queda de 30% na abertura de empresas em abril de 2020, de acordo com o Mapa de Empresas divulgado pelo Ministério da Economia.

Com isso, algumas dúvidas surgem: será que é possível crescer diante desse contexto? De que maneira a minha empresa pode evoluir tanto em tão pouco tempo, estando em plena pandemia? Vale a pena abrir um negócio agora? Por mais difícil que pareça, há respostas para essas perguntas.

Como a inovação pode evoluir minha empresa na pandemia?

O conceito de inovação é bem variado, mas em definição geral é a criação de uma oferta nova e viável que gera valor para os participantes do mercado. Ou seja, é basicamente a introdução de ideias que resolvam problemas e proporcionem retorno tanto para a empresa quanto para os consumidores.

Portanto, a inovação é um potencializador do sucesso empresarial não só agora, como futuramente. Em nosso blog, falamos sobre as tendências e inovações do mercado em quarentena, assunto interessante para os empreendedores que desejam impulsionar seu negócio.

A necessidade de uma adaptação rápida levou várias empresas a modificarem aspectos do seu ambiente organizacional e a repensarem suas estratégias inovativas. Atualmente, modernizar é uma questão de sobrevivência, já que o isolamento impossibilita a maioria das atividades comerciais.

De acordo com Clara Bidorini – professora de Design Estratégico e Business Design no Instituto Europeu de São Paulo – os gestores que têm mais chances de sobreviver nesse novo cenário são aqueles que “sabem lidar com incertezas e que conseguem reagir rapidamente e de forma construtiva, criando ambientes de aprendizagens positivos para toda a empresa”. A fala foi retirada de uma entrevista feita pela Revista Consumidor Moderno em maio de 2020.

A expressão “pensar fora da caixa” tem efeito benéfico e auxilia a empresa nesse processo de retomada das vendas. Além de trazer destaque e reconhecimento no mercado, satisfaz as novas necessidades que vão surgindo e, consequentemente, prospecta mais clientes. Se você investe em processos inovadores, provocará uma reinvenção da sua cultura organizacional, com isso, a frase “20 anos em 20 dias” não irá parecer tão absurda.

A seguir, veremos algumas ações que uma empresa pode fazer durante esse período para promover atualizações e manter seus serviços a todo o vapor. Inclusive, um conteúdo postado em nosso blog, com algumas dicas para melhorar os resultados da sua empresa na quarentena, pode também contribuir com o tema.

Atitudes inovadoras para realizar durante a pandemia

É importante que as organizações pratiquem essas transformações para alavancar o seu negócio. Sobretudo, a empresa deve:

1. Estabelecer uma equipe de tomada de decisões emergenciais

Acima de tudo, estabelecer uma equipe de tomadas de decisão temporárias é importante para manter um controle dos processos da empresa. Basicamente, será um comitê emergencial que irá diminuir o impacto da pandemia nas atividades internas e externas. Essa equipe não é necessariamente composta de novos funcionários, visto que a empresa pode e deve avaliar se seus colaboradores estão aptos para assumir esta função.

2. Avaliar os riscos corridos e repensar os planejamentos de cada área funcional

Uma avaliação abrangente e imediata das ameaças decorrentes desse período é fundamental para o conjunto de medidas que serão tomadas futuramente. Faça valer a análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Oportunities e Threats, ou seja, Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), já que ela te dará um embasamento maior do contexto em que sua empresa está inserida.

Para replanejar cada área funcional da empresa, utilize a inovação como aliada e entenda as novas demandas de seus clientes. Se possível, corte os custos e organize seus gastos.

3. Manter o bem-estar físico e mental dos funcionários e garantir uma retomada segura

Sem um bom clima organizacional, não há produtividade e comprometimento por parte dos funcionários. Por isso, deve ser feito um acompanhamento de cada colaborador e deve ser promovido um diálogo contínuo, para que sejam evitados problemas envolvendo questões contratuais, por exemplo.

A empresa deve fortalecer a educação sobre a segurança durante pandemias, estabelecer diretrizes de proteção pessoal e aumentar a prevenção de riscos. Além disso, a motivação deve ser o lema da organização! O texto sobre como motivar a sua equipe em tempos de crise pode te auxiliar nisso.

4. Provocar a inovação em todos os sentidos

A inovação não deve ficar restrita ao home office. A digitalização de todos os mecanismos utilizados na empresa é fundamental, mas a atualização deve ocorrer também na cultura organizacional. Por ter um efeito duradouro, é importante que ela atinja todo o ambiente organizacional. Invista nas competências e no conhecimento, para que assim uma transformação digital ocorra dentro do seu empreendimento.

É verdade que a pandemia acelerou o processo de inclusão digital das empresas, facilitando os anúncios e a oferta de serviços em plataformas remotas, mas inovar é também promover criatividade e retorno para a organização. Permita que a inovação, além de trazer novas tecnologias e tendências, traga uma otimização de suas atividades e atualize sua cadeia de processos e valores.

Para quem for abrir um novo empreendimento, é importante estudar como está o mercado neste período e analisar a viabilidade econômica para uma abertura sem falhas. Estabelecer um novo negócio, já nas preferências atuais dos consumidores, irá facilitar a consolidação da empresa no mercado.

Exemplos:

Seguindo o que foi dito no tópico anterior, em relação ao avanço do processo de inclusão digital nas empresas, um bom exemplo de organização que conseguiu aplicar essa ideia foi a Janssen Cilag, uma multinacional farmacêutica do grupo Johnson & Johnson.

De acordo com um dos consultores de vendas da empresa – entrevistado em 2020 – as visitas para divulgação de produtos aos médicos foram aplicadas a partir de um novo modelo, de forma virtual, possibilitando a prestação de serviços de maneira mais segura, diminuindo a exposição dos representantes em relação a viagens, hospitais, clínicas e proporcionando ótimos resultados mesmo em tempos difíceis. Além do fato de terem conseguido adiantar um plano de ação em no mínimo uma década, que com certeza permanecerá quando tudo estiver “normal”.

Outros exemplos são as empresas de investimento financeiro, como a XP Investimentos, que durante a reclusão, anunciou o trabalho virtual até dezembro de 2020, estudando a possibilidade de adotar o remoto de forma permanente. Tudo isso, com a intenção de transformar os escritórios atuais em escritórios-conceito, os quais servirão de apoio para demandas futuras.

E depois, surgirão outras formas de trabalho?

Em um momento de incertezas, uma das coisas certas é que o mercado de trabalho sofrerá mudanças e a outra é que surgirão outras formas de trabalho, pois nós mesmos transformamos nossos hábitos e modos de vida em algum momento.

Vivemos um período de novas experiências, tanto profissionais quanto pessoais, desde reuniões de projetos à distância até compras de supermercado através de aplicativos. São vivências que dificilmente deixarão de fazer parte da nossa vida no “novo normal”.

Em meio a essas novas formas de trabalho temos o home office, que muitas empresas estão implementando de forma eficiente e satisfatória. Um exemplo disto, é a pesquisa feita pela empresa Vagas (ramo de profissões) em que 70% dos colaboradores disseram que gostariam de trabalhar remotamente de 3 a 4 vezes por semana.

Porém, os gestores devem pensar no impacto que essa mudança trará, garantindo que ele seja positivo e, por conseguinte, mantenha a rapidez e a produtividade na tomada de decisões.

Quais competências profissionais precisam ter para competir no mercado pós-pandemia?

Anteriormente, as empresas consideravam muito as competências técnicas, como usar ferramentas de trabalho ou diplomas pós-universitários. Porém, hodiernamente, as competências comportamentais, conhecidas como competências do futuro, vêm ganhando mais espaço quando o assunto é contratações.

Algumas são:

  • Gestão do tempo/atividades: Durante a quarentena, muitas pessoas sofreram com a mistura da vida profissional e a vida pessoal. Conseguir se mostrar eficiente nas suas atividades é fundamental, principalmente quando ninguém está te observando. Sendo assim, cabe ao funcionário criar estratégias de organização para garantir a produtividade em meio a mistura de cenários.
  • Adaptabilidade e Resiliência: Os cenários vão mudar rapidamente e o profissional precisa estar pronto para se adaptar as dificuldades e conseguir realizar as tarefas mesmo em cenários voláteis.
  • Inteligência Emocional: Tudo está muito relacionado a forma como você consegue equilibrar todas as pressões e incertezas. O mundo é cada vez mais incerto, por isso precisamos da inteligência emocional para sabermos o que entregar e não se arrepender das decisões.

Uma das principais oportunidades que podem surgir após a pandemia é o avanço da tecnologia, que vêm atingindo cada vez mais a sociedade. Além disso, pesquisa e e-commerce também vão ganhar bastante espaço, o que intensifica o marketing digital.

Inovações que permanecerão no pós-pandemia

Em meio a diversas inovações que foram implementadas durante a pandemia do coronavírus, as tecnologias que realmente foram eficazes e permanecerão, são as seguintes:

  • Videochamadas: É inegável dizer que as ferramentas de vídeos se tornaram presentes em quase todas as empresas, sendo um grande reforço ao home office. A maioria dos colaboradores tem trabalhado em casa, o que consequentemente impulsionou a utilização dessas plataformas para contatos e reuniões. Dessa forma, até mesmo empresas do ramo educacional adquiriram essas ferramentas para continuarem o semestre, em que a sala de aula foi substituída pelo Google Meet ou Microsoft Teams em muitas instituições.
  • Computação em nuvem: O armazenamento em nuvens foi aprimorado para atender toda a demanda de ferramentas de videochamadas utilizadas nesse período. Provedores Cloud entregaram um ambiente em nuvem na hora exata, possibilitando a aceleração de negócios e reação aos impactos.
  • Metodologia ágil: Em um dia normal de trabalho, em muitas organizações, a ordem das metodologias era iniciada pela reunião da equipe para a discussão de um projeto, reserva de salas para outras reuniões de progresso, paredes cobertas de anotações e gráficos e por fim a entrega do trabalho. Porém, seguindo a mentalidade da redução de custos, promovida pelo trabalho remoto, os projetos devem ser entregues e adequados no menor tempo possível, trazendo ciclos de trabalho menores e resultados determinados.
  • Ferramentas de Trabalho: Se no passado, uma apresentação de resultados exigia uma sala cheia de funcionários com diversas folhas impressas, agora o trabalho todo é menor. Isso tudo graças as ferramentas colaborativas e de armazenamento em nuvem. Um bom exemplo, é o Microsoft Teams, que possui ferramentas do Microsoft Office, que possibilita o fácil compartilhamento de documentos, edição em tempo real e suporte de extensões de terceiros. Promovendo assim, uma maior agilidade e produtividade à equipe.

Na realidade pós-pandemia, além de usar tecnologia, as empresas precisarão se conectar com aquilo mais importante: os seus valores e a sua presença social. É dessa forma que vão pavimentar um futuro sustentável e forte, prevenindo-se de qualquer crise.

Autores: Emerson Santos e Nicolas Rossetti


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